"A Maior desgraça de um povo, é não receber a educação que merece." René Bazin.

Visando a educação dos homens é que a Livraria São João Bosco criou um espaço especial dedicado às crianças. Ora, "o homem quando nasce já é um homem; a vida depende da infância, como a messe depende do grão que se semeia" diz o Abade René Bethléem. 

A leitura tem grande participação na formação dos futuros homens, o Abade René de Bethléem em seu célebre "catecismo da educação" mostra as obrigações dos educadores dirigir as leituras das crianças no sentido mais praticamente útil à formação da sua imagem, do seu espírito, do seu coração, da sua vontade, da sua fé e da sua virtude". 

Os bons livros possuem a capacidade de levar a mocidade à conversão, e os maus livros, que hoje superabundam no mundo, possuem a capacidade de levar a mocidade à perdição. 

Santo Afonso Maria de Ligório nos exorta que "o demônio não possui talvez um meio mais seguro para perverter os jovens do que a leitura de livros tão venenosos. Um só livro dessa espécie pode bastar para perder toda uma família."

"A mãe como o arcanjo de espada flamejante de que fala a escritura, e que guarda a entrada do paraíso terrestre, deve colocar-se também à porta da casa paterna e dizer corajosamente aos maus exemplos, às leituras perniciosas, às companhias funestas, às palavras inconvenientes, que queiram forçar a entrada: 

"Tu não passarás!"
"Tu não passarás!" dirá a mãe cristã a esses jornais, ilustrados ou não, de inspirações duvidosas. 
"Tu não passarás!" dirá a mãe cristã a essas publicações triviais, grosseiras, a todas as que despertam interesse sem instruírem e distraem aviltando. 
"Tu não passarás!" dirá a mãe cristã a esses livros e jornais, portadores criminosos de impiedade e de corrupção.

"São piores assassinos do que os bandidos que assaltam os viandantes: os os bandidos matam o corpo; eles matam a alma." *Mgr. Rosset). 

G.K. Chesterton, o apóstolo do senso comum, nos alertou: "As últimas novidades da cultura, os últimos sofismas do anarquismo irão nos entusiasmar, caso não sejamos educados: não saberemos quão antigas são todas as novas idéias." 

Para proteger as nossas crianças de todas as novidades mundanas, alimentá-las intelectualmente, incutir nelas princípios de fé e de moral, é que nos comprometemos toda a dedicação a este espaço em nossa Livraria.

Afinal, como diz São João Crisóstomo: "Que há de mais sublime do que governar os espíritos e formar os costumes dos jovens?" 

A moral que os contos de fadas possuem estão fundamentadas na melhor história já escrita. Diz G.K. Chesterton: "A ideia de que a paz e a felicidade só podem existir com alguma condição. Essa ideia, que é o cerne da ética, é também o cerne dos contos infantis. Toda a felicidade do país das fadas está por um fio, um único fio. Cinderela pode ter um vestido tecido em teares sobrenaturais e reluzentes com um brilho que não é deste mundo; mas deve estar de volta quando o relógio bater as doze horas. O rei pode convidar  fadas para o batizado, mas deve convidar todas, ou haverá consequências terríveis. A esposa de Barba azul pode abrir todas as protas menos uma. Quebra-se uma promessa feita a um gato, e o mundo todo desmorona. Quebra-se uma promessa a um anão amarelo, e o mundo todo desmorona. Uma garota pode ser a esposa de um deus do amor em pessoa se nunca tentar vê-lo; ela o vê, e ele desaparece. Uma garota recebe uma caixa com a condição de não a abrir; abre-a, e todos os males do mundo escapam para cima dela. Um homem e uma mulher são colocados em um jardim com a condição de não comerem uma fruta; comem-na, e perdem a alegria em todas as frutas da terra." 

Atravésdos contos a criança aprenderá a obedecer o que muitas vezes para ela é um mistério, e que a obediência é paga muito pequena pelo que recebe. Se a cinderela diz: "Como se justifica que eu tenha de sair do baile à meia noite?", sua madrinha poderá responder: "Como se justifica que possas estar lá até meia noite?"

Além da obediência ao superior, os contos estão repletos de princípios valiosos: "Há a cavalheiresca lição de "Jack, o Matador de gigantes": os gigantes deve ser mortos porque são gigantescos. Uma enérgica revolta contra o orgulho em si mesmo. Pois os rebeldes são mais velhos que todos os reinos, e o jacobino tem mais tradição que o jacobita. Temos a lição de "Cinderela" que é a mesma do Magnificat - EXALTAVIT HUMILES. Há a grande lição de "A bela e a Fera": uma coisa deve ser amada  antes de ser amável. Há a terrível alegoria de "A bela adormecida", que mostra como a criatura humana foi abençoada com todas as dádivas ao nascer, embora amaldiçoada com a morte, e como a morte também pode ser, talvez suavizada pelo sono." G.K. Chesterton. 

Aristóteles dizia que as fábulas são a melhor maneira de persuasão. O grande francês Jean de La Fontaine disse: "Sirvo-me dos animais para instruir os homens... procuro tornar o vício ridículo por não poder atacá-lo com o braço de hércules..." Este é um dos intuitos dos contos de fadas, tornar o vício ridículo, e demonstrar ainda que existe justiça, e o bem vence no final.

Seria ridículo ver um avarento que tudo o que toca torna-se ouro passando fome, ridículo a imagem de um homem tão narcisista a ponto de atirar-se no lago, igualmente ridículo a visão de um lobo guloso que comeu tanto a ponto de não conseguir acordar, ou de uma cigarra tão preguiçosa a ponto de ter que mendigar comida para uma formiga. A justiça dos contos mostra que o avarento é morto pelo seu amor ao dinheiro, o narcisista ao seu amor por si próprio, o lobo pela gula, a cigarra pela preguiça. Afinal de contas, não é assim que foi escrita a história da humanidade?

Ainda que momentaneamente haja a aparência de que os maus estão confortáveis em suas maldades e os bons padecendo em suas bondades, chegará o dia do juízo, e cada um receberá a paga por aquilo que semeou.

O juíz será o grande escritor, este mesmo escritor que quando esteve entre nós demonstrou sua afeição pela arte de contar histórias, instruía os povos através de parábolas. 

Que Viva Cristo Rei!